Artigos Técnicos
Responsável por acometer humanos e animais, a diabetes é uma doença silenciosa que requer atenção.
No caso dos pets, o trabalho em equipe dos veterinários e dos tutores é a melhor opção para garantir a qualidade de vidas dos cães e gatos com este problema.
Segundo uma publicação realizada pelo portal Veterinária Atual, por exemplo, sensibilizar os tutores para o controle adequado da diabetes deve ser um trabalho contínuo. Além disso, terapias, monitorização de glicemia e aplicativos de compreensão também resultam em um sucesso terapêutico.
Assim como o diagnóstico precoce, que no caso dos felinos, pode reverter o quadro da doença.
Segundo a especialista em medicina interna de pequenos animais no Hospital Veterinário do Restelo (HVR), Doroteia Bota, a diabetes é uma doença que afeta sobretudo cães e gatos com mais de seis anos.
Outra questão que potencializa a doença, é a alimentação.
“O médico veterinário tem um papel importante ao alertar para esses fatores de risco, instituindo programas de perda de peso sempre que julgar necessário”, explica o médico-veterinário e professor na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (FMV-ULisboa), Rodolfo Oliveira Leal.
Diabetes nos animais
Entre os cães, é mais comum nos de meia idade, idosos e cadelas. Os gatos também estão sujeitos a desenvolver a doença, entretanto a probabilidade é maior entre os machos castrados.
A doença é caracterizada por dois tipos:
Tipo 1
- Dependente de insulina;
- O próprio corpo se responsabiliza por destruir os depósitos onde produz a insulina;
- Mais frequente nos cães.
Tipo 2:
- O pâncreas libera a insulina, mas o organismo do animal resiste a ela;
- O tipo mais frequente em gatos.
Em ambos os casos, os sintomas incluem: cansaço, fadiga, consumo atípico de água e excesso de urina.
Trabalho em equipe
Quando a doença for diagnosticada, deve se começar também um trabalho em equipe.
“Por vezes, não é fácil pedir que os tutores façam curvas de glicemia em casa (para evitar o stresse do internamento hospitalar, sobretudo no gato ou em animais agressivos). Por outro lado, estes animais são, muitas vezes, obesos (a obesidade é um dos fatores de risco no gato) e fazer um animal perder peso é sempre um desafio”, explica a especialista Doroteia Bota.
Do ponto de vista do médico-veterinário que cuida de animais com diabetes, uma das exigências que se coloca é “encontrar a dose certa de insulina, ao mesmo tempo que tem que se insistir na intensidade do tratamento a fim de se tentar chegar a uma remissão da doença”.
Pedro Morais de Almeida, professor auxiliar convidado da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (ULHT), e assessor clínico do Hospital Escolar da Faculdade de Medicina Veterinária da mesma universidade, considera que os tutores estão cada vez mais informados.
Rodolfo Oliveira Leal defende que os tutores de hoje não são os mesmos de há dez anos, até porque existe atualmente um acesso facilitado à informação via Internet. “Temos tutores mais atentos, o que nos permite um diagnóstico precoce e, consequentemente, mais sucesso terapêutico”, garante.
Fonte: Veterinária Atual, Cães&Gatos VET FOOD e Canal do Pet (IG).
Adaptado pela equipe de Redação do NoticiasVet.com