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Para garantir a oferta de imunizantes contra a febre aftosa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) inverteu a estratégia de vacinação nos dez estados integrantes do bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para Aftosa (PE-PNEFA).
Com a nova medida, Minas Gerais, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo e Tocantins terão a 1ª etapa (em maio) destinada aos bovinos e bubalinos de zero a 24 meses, enquanto a 2ª etapa (em novembro), aos animais de todas as idades.
Para o o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), do Mapa, Geraldo Marcos de Moraes, o desafio, nesta fase final do Plano Estratégico do PNEFA, envolve, de um lado, programar a suspensão da vacinação. De outro, garantir a vacina para os estados onde ainda é realizada. Ação que exigirá um intenso planejamento com a indústria produtora de vacina.
Moraes garante que a demanda de vacina para este ano já está acordada e programada com as fabricantes. Assim, a expectativa é que a inversão permita uma correta distribuição para os estados envolvidos, dentro dos meses previstos para vacinação.
Sem necessidade de prorrogação das etapas, como em 2021. “Estamos em constante articulação com os serviços veterinários estaduais, com o setor produtivo e com a indústria produtora de vacina no país, para que as últimas etapas de vacinação contra a febre aftosa ocorram de forma adequada”, afirma Moraes.
Outros estados
O restante dos estados deve seguir normalmente o calendário nacional de vacinação contra febre aftosa, que poderá ser consultado no site do PNEFA, no portal do Mapa. Atualmente, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidos internacionalmente como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, além de Santa Catarina.
Juntos, eles deixam de vacinar mais de 40 milhões de cabeças. O que corresponde a cerca de 20% do rebanho bovino brasileiro. A meta do PNEFA é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026.
Plano Estratégico
O Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) cria e mantém condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa, ampliando zonas livres da doença sem vacinação e protegendo o patrimônio pecuário nacional.
O Plano está alinhado com o Código Sanitário para os Animais Terrestres, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), e com as diretrizes do Programa Hemisférico de Erradicação da Febre Aftosa (PHEFA), convergindo com os esforços para a erradicação da doença na América do Sul.
Para realizar a transição de status sanitário, foram considerados critérios técnicos, estratégicos, geográficos e estruturais, que resultaram no agrupamento das Unidades da Federação em cinco blocos.
Fonte A Granja adaptado por Qualittas