Alimentação
Fonte: Veterinária Atual, adaptado pela equipe de redação do NotíciasVet.com
A peste suína africana (PSA) tem sido o problema com maior impacto na produção mundial de proteína animal — e o novo coronavírus só veio dificultar ainda mais este cenário. Quem o refere é o Rabobank, uma multinacional bancária e de serviços financeiros holandesa.
Outros exemplos também ocorrem na Europa, Polônia ocidental e na Grécia.
Chegada de novas doenças prejudica cenário mundial
A carne de porco, a principal fonte de proteína na cozinha chinesa, viu os preços duplicarem, após um surto de peste suína que se espalhou pelo continente asiático, dizimando milhões de animais.
A situação levou a que os importadores chineses passassem a comprar mais na Europa, nos Estados Unidos ou Brasil, o que produziu efeitos inflacionários um pouco por todo o mundo.
“A doença mantém o potencial de influenciar e perturbar a produção, o comércio e o consumo ao longo de 2020”, afirmam os analistas do Rabobank em African Swine Fever: A Global Update, relatório citado pela publicação Bovine Veterinarian.
De acordo com o documento, o aparecimento da Covid-19 veio trazer ainda mais incerteza ao mercado, uma vez que a doença tem tido um grande impacto na produção, distribuição, consumo e comércio no primeiro trimestre de 2020 para todas as espécies de animais.
Rabobank prevê soluções
Porém, o Rabobank esclarece que este cenário base considerou que a doença seja amplamente controlada no primeiro trimestre.
“A carne suína parece ser a menos afetada das proteínas, já que a mudança do consumo de food service para o consumo de alimentos em casa é mais fácil”, justificaram os analistas.
Produção mundial de suínos: exportações para China
A exportação de carne suína para a China também cresceu. Apesar de o Documento Central N.º1 da China – elaborado pelas autoridades do país que estabelece políticas agrícolas, entre outras – enfatizar medidas de recuperação da produção de porcos para 2020. Prevê-se ainda, a diminuição do número de abates.
Futuro ainda incerto
Assim, é expectável que as exportações para a China durante 2020 continuem. Porém, a incerteza nos portos poderá provocar alterações no fluxo de produtos. Por outro lado, o RaboBank prevê que, durante este ano, as exportações de carne suína dos Estados Unidos para a China aumentem em 40%.
Os produtores portugueses começaram a exportar carne de porco para a China no final de janeiro de 2019. Isso depois de as autoridades chinesas terem autorizado, no fim de 2018, a exportação oriunda dos matadouros portugueses ICM Pork, Maporal e Montalva.