Dicas e Carreira

Neoplasia é pouco comum em gatos e mais frequente em cães

Campanha Novembro Azul alerta sobre a importância da prevenção e cuidados contra a doença

Postado em novembro 18, 2022 as 9:49 am por Daniela Nucci

O mês de outubro foi voltado para a conscientização sobre o câncer de mama em mulheres e, também, nas cadelas e gatas, no chamado Outubro Rosa Pet, o mês de novembro muda-se a cor e o sexo, porém segue a mesma orientação de conscientizar os homens e os pets sobre os riscos e prevenção do câncer de próstata, com a campanha Novembro Azul Pet.

Para alertar sobre a importância da prevenção e explicar sobre a doença, o médico-veterinário e diretor da Faculdade Qualittas, Professor Francis Flosi, concedeu entrevista sobre o assunto, ao vivo, no quadro Meu Pet no programa Band Mulher, na TV Band Mais, na quarta-feira (dia 16/11).

Segundo o médico-veterinário, assim como os machos da raça humana (homens) os machos caninos e felinos (cães e gatos) também sofrem de câncer de próstata, entre outras neoplasias. “O câncer de próstata é uma neoplasia pouco comum em gatos, enquanto que em cães é mais frequente. Por este motivo, é importante que os cães, a partir dos 6 anos de idade, sejam submetidos anualmente a ultrassonografia abdominal para avaliação de próstatas e testículos, principalmente, machos não castrados”, explica Flosi.

De acordo com Flosi, mais de 90% das doenças de próstata podem ser evitadas se o cachorro for castrado no primeiro ano de vida, pois, localizada na pelve próxima à bexiga e que envolve parte da uretra, a próstata participa do processo reprodutivo e sofre influência dos hormônios sexuais produzidos nos testículos.

Sintomas mais comuns de câncer de próstata em cães

Lambedura em excesso do local;

Dificuldade em urinar (urina em jatos finos demorando mais para esvaziar a bexiga);

Dificuldade em defecar (dor e desconforto ao defecar);

Evacuação de fezes em formato de fitas (achatado);

Presença de secreção com sangue ou esverdeada no pênis;

Diferente da patologia em humanos, a probabilidade em desenvolver um tumor maligno é muito pequena, mas, mesmo assim, a doença compromete a qualidade de vida e o bem-estar do animal. “Há casos em que os animais podem ter a próstata modificada sem apresentarem sintoma por longo tempo”, diz Flosi.

Outra alteração da próstata que pode promover o aparecimento destes sintomas é a chamada Hiperplasia Prostática Benigna (HPB), que consiste no aumento da próstata resultante da ação hormonal. “A HPB é também muito comum em animais de estimação e conta com tratamento medicamentoso ou cirúrgico”, comenta.

A maior parte dos cânceres é nos órgãos, portanto a próstata não foge disso. “A próstata está presente somente no sexo masculino dos animais, tanto em humanos como em cachorros e gatos, dessa forma o câncer é gerado por um excesso de criação do hormônio testosterona”, diz Flosi.

O veterinário oncologista irá sugerir o tratamento mais adequado para controle da doença e qualidade de vida do animal. A quimioterapia também pode ser considerada, conforme o estado geral do paciente, como uma tentativa de reduzir o tumor. Entretanto o câncer de próstata normalmente é pouco responsivo aos efeitos da quimioterapia, por isso seu uso ainda está sendo melhor avaliado. A cirurgia é recomendada em alguns casos, como quando há obstrução urinária, por exemplo, e é preciso colocar stents uretrais.

“No entanto, quando a neoplasia é maligna e já houve metástase, ou seja, o câncer já acometeu outras partes do corpo do Pet, nem sempre a cirurgia é viável. Muitas vezes, o tratamento paliativo pode ser a melhor escolha”, completa.

Prevenção, o melhor remédio!

Investir em qualidade de vida, alimentação equilibrada, atividade física, consultas médicas e check-ups periódicos, que incluem palpação retal nos animais, são dicas valiosas e podem colaborar com a prevenção e tratamento precoce do câncer de próstata e outras doenças prostáticas.

“Além disso, animais castrados não costumam ter hiperplasia benigna, ou seja, mais uma doença é evitada. Por isso, a orquiectomia pode ser a melhor escolha para o seu pet”, finaliza Flosi, que orienta saber mais sobre ela com um médico-veterinário especialista em oncologia!

 

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Confira a entrevista completa no vídeo abaixo!

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