Uma das medidas mais importantes para isso é a identificação precoce de pacientes contaminados.
Além dos exames laboratoriais, os cientistas viram nos caninos um outro método para ajudar a detectar o vírus. Claro, se os cães forem altamente treinados e de forma adequada.
Vários estudos, em diversos países, estão em andamento para comprovar essa eficiência canina. Segundo um estudo publicado pelo Journal of the American Osteopathic Association , os cães podem apresentar uma alta eficácia para identificar o covid-19 semelhantes com a taxa de acerto de exames do tipo RT-PCR, considerados padrões na pandemia.
Em países como Finlândia, Líbano, Argentina, Chile, Alemanha, Estados Unidos, Colômbia e México, as autoridades já estão treinando cães para que possam detectar pessoas infectadas com o novo coronavírus.
Na Finlândia, por exemplo, cães já estão sendo usados no aeroporto de Helsinque para apontar possíveis infectados com o novo coronavírus.
A França também está fazendo esses treinamentos. “Várias trabalhos científicos já foram feitos comprovando a eficácia do olfato dos cães na detecção de substâncias voláteis produzidas por determinadas doenças, como a diabetes e alguns tipos de câncer. Eles podem identificá-los através da urina, saliva, suor, etc. Existem, por exemplo, cães que acompanham diabéticos e conseguem identificar antes da pessoa ter uma crise de hipoglicemia e que poderia levá-la à morte. Então são grandes aliados no diagnóstico e prevenção de determinadas patologias como o covid-19”, explica a Professora e Mentora da Pós-Graduação em Etologia Clínica Veterinária, da Faculdade Qualittas, Simone Moreira Bergamini.
De acordo com os resultados do estudo, a eficácia do olfato canino para detectar o covid-19 ultrapassa taxas de 90% e até 95% de eficiência.
O grande foco desses programas é usar os cães em locais públicos e de chegada de pessoas em países, como aeroportos ou estações de trem, para melhorar a situação de confinamentos.
Porém, tudo ainda levará um tempo para ser concretizado de fato. “Todos os avanços necessitam de centros especializados de treinamento e os treinos demoram um determinado tempo. Não são imediatos.
Além do que precisaria de um grande número de animais para identificar o problema em uma situação de pandemia. Mas o esforço e estudos são válidos e farão diferença”, completa a Profª. Simone.
Fonte: Journal of the American Osteopathic Association.
Adaptado pela equipe de redação do Portal Q1vet.