
Dicas e Carreira
Recentemente, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) se posicionou contra a Portaria nº 2.117/2019, do MEC, que aumentou para 40% a carga horária EaD nos cursos presenciais.
Para o Conselho, o Ensino a Distância impede a realização de aulas práticas essenciais para preparar o profissional. Sobretudo, em cursos extremamente práticos como a Medicina Veterinária.
O novo entendimento revogou a Portaria nº 1.428 de 2018, que limitava o EaD a 20% da carga total.
O próprio Ministério da Educação (MEC) já havia publicado as novas Diretrizes Curriculares do curso de Medicina Veterinária, afirmando que a atividade prática é indispensável para aprendizagem.
Isso porque a graduação em Medicina Veterinária demanda inúmeras atividades práticas e de campo, como anatomia, fisiologia, clínica, cirurgia, patologia, análises laboratoriais, entre outras.
Tais atividades só são possíveis de serem realizadas em laboratórios e salas de aula.
Anteriormente, o CFMV já havia se posicionado contra oferta cursos de saúde na modalidade EAD.
“Como um órgão que fiscaliza o exercício profissional, queremos zelar pela qualidade do mercado de trabalho e pela saúde da população”, afirmou o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida.
No entanto, a autorização de cursos de graduação é uma competência do Ministério da Educação.
E, por isso, o CFMV não possui atribuição para a metodologia a distância nos cursos de Veterinária.
“Estamos comprometidos com a luta pela qualidade do ensino superior e vamos nos unir aos demais conselhos profissionais da área de saúde para fortalecer nossa reivindicação.
É preciso que conselhos participem da autorização de novos cursos”, ponderou Cavalcanti.
Fonte: CFMV e Cães&Gatos VET FOOD.
Adaptado pela equipe de Redação do NoticiasVet.com